Rodoviários continuam quebra de braço com o setor de transportes
quinta-feira, 21 de setembro de 2017
FOTO: AGÊNCIA BRASIL

Em nota, o Sindicato informou que a decisão de paralisar a operação por 24 horas tem o propósito de pressionar as empresas a apresentarem uma proposta melhor para categoria. De acordo com a instituição, após inúmeras negociações, inclusive com a intermediação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), não foi possível chegar a um acordo. “As empresas se mantiveram inflexíveis. A última proposta formulada não contempla a manutenção de benefícios importantes. como é o caso do plano de saúde, cujo reajuste mínimo necessário seria de 15%, mas para o qual, a empresa, no máximo, chegou a um percentual de 13,55%”, condena a entidade.
Na segunda-feira (18), houve uma tentativa de negociação entre os rodoviários e as empresas de ônibus, porém, sem sucesso. Na reunião, o sindicato e a Associação das Empresas de Transporte Público e Coletivo do DF (Transit) debateram a última proposta apresentada pela desembargadora Maria Regina Machado Guimarães. O acordo prevê 4,75% de reajuste salarial, 5% de aumento no tíquete-alimentação, 5,5% na cesta básica, 13,55% no plano de saúde e 13,55% no plano odontológico.
A proposta foi apresentada em audiência na sexta (15). Os trabalhadores reivindicam reajuste com o ganho real sobre a inflação, além do aumento no valor do tíquete-alimentação, cesta-básica, plano de saúde e plano odontológico. As empresas, no entanto, alegam não ter condições de arcar com aumento superior ao percentual de reposição da inflação, já concedido à categoria em julho.
A desembargadora deu o prazo de 48 horas para que o sindicato dos rodoviários apresente sua defesa nos processos referentes às empresas (Consórcio HP-Ita, Auto Viação Marechal, Viação Pioneira, Viação Piracicabana e Expresso São José). Já os empregadores devem se manifestar, também em 48 horas, sobre pedido feito pelos trabalhadores de reconsideração da liminar concedida pela desembargadora em 28 de agosto, que determinava os percentuais de circulação de veículos durante a paralisação ocorrida naquele dia. A partir de agora, o Ministério Público do Trabalho deve emitir parecer.
Em seguida, um novo desembargador relator passará a conduzir o processo até julgamento pela 1ª Seção Especializada do tribunal. Isso não impede que, durante a tramitação do processo, as partes mantenham as negociações. http://www.alo.com.br