Licença médica
Operado no sábado de uma hérnia de disco lombar, o deputado distrital e
secretário da Micro e Pequena Empresa, deputado Raad Massouh (PPL),
ficará quinze dias afastado de suas tarefas. Raad sentia dificuldade de
andar devido o problema. Segundo assessoria do parlamentar, a cirurgia
foi bem sucedida e Raad deverá receber alta ainda no início desta
semana. A cirurgia foi realizada no Hospital Home, com os
neurocirurgiões Ana Luiza de Oliveira e Emilte Pulcinelli.
Desmandado
O administrador de Taguatinga, Carlos Alberto Jales, foi responsável
por um mal-estar completamente desnecessário no fim de semana que
envolveu o movimento LGBT e o Governo do Distrito Federal. Isso porque
Jales negou licença aos organizadores da Parada Gay de Taguatinga, que
chega em sua sétima edição. Foi a primeira vez que o movimento de
lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e simpatizantes foi vetado no
Brasil. A negativa teve repercussão nacional e deixou o GDF em maus
lençóis. Rapidamente, o governador em exercício, Tadeu Filippelli,
comunicou ao deputado distrital Chico Vigilante (PT) – o primeiro a
tomar conhecimento da situação e buscar solução para o impasse – que a
Parada Gay iria acontecer sim. Resultado? Jales teve que engolir o
desmando.
Pré-candidato
Jales é indicação do deputado distrital Washington Mesquita, eleito
pelo PSDB e que hoje faz parte da bancada do PSD. Mesquita, candidato do
Padre Moacir (uma das lideranças católicas de Taguatinga) foi eleito
com apoio do padre e dos católicos. Após ter mudado de partido, Mesquita
passou a integrar a base do Governo Agnelo e indicou Jales para a
administração. Jales é pré-candidato à deputado distrital em 2014,
também com aval do Padre Moacir.
Exonerações
Segundo fonte da coluna, não é a primeira vez que Jales e Mesquita se
envolvem em polêmicas em nome da igreja. Alguns servidores evangélicos
que trabalhavam na administração, contou a fonte, teriam sido vítimas de
perseguição por parte do distrital e do administrador e chegaram a ser
exonerados dos cargos para dar lugar a servidores católicos.
LGBTs são bandidos?
A intolerância de Jales chegou ao cúmulo de se pronunciar ao site Parou
Tudo, maior portal de notícias LGBTs do Centro-Oeste, dizendo que havia
negado licença para a Parada Gay na cidade para dar tranquilidade aos
moradores – como se gays fossem bandidos, é isso?. “A Administração
Regional de Taguatinga não é contra o evento, mais (sic) sim a favor que
ele seja feito num local fixo onde possamos dar todo o apoio em
segurança (Sugerimos o estacionamento do Serejinho). A Administração
almeja sempre a tranquilidade em Taguatinga. Na comercial por se tratar
de um local onde tem muitas residências preferimos manter a
tranquilidade dos moradores”, respondeu a administração ao ParouTudo.
LGBTs constrangem?
No sábado, a administração – já após declaração de Filippelli em favor
da Parada Gay – continuou a empreitada contra o evento e publicou uma
carta que teria sido escrita por um morador da cidade, se dizendo
“constrangido” com a realização do evento. Iniciando o texto com “O
e-mail
ascomtaguatinga@gmail.com,
da assessoria de comunicação da administração de Taguatinga, recebeu
nessa manhã em sua caixa de entrada o seguinte texto. Vejam opinião de
um morador da QNA 07, em Taguatinga Norte”. O texto, porém, não está
publicado no site do órgão.
Desmandado de novo
Ontem, o secretário da Casa Civil, Swedenberger Barbosa, garantiu a 7ª
edição da Parada do Orgulho LGBT de Taguatinga, na Avenida Comercial
Norte, como queriam os organizadores. A festa está marcada para o
próximo dia 16. Berger determinou a realização do evento e garantiu
segurança, como o apoio da Polícia Militar e do Departamento de Trânsito
– como o GDF sempre garantiu aos eventos realizados pela igreja do
Padre Moacir, por exemplo.
Representa quem?
Como trata-se de uma coluna de opinião, não me sinto nenhum pouco
desconfortável para emitir a minha: que passou da hora de o GDF rever a
nomeação de Jales na administração, visto que um administrador que faz
sua gestão para apenas um segmento da cidade, virando as costas para
outro, não deveria representar o governador Agnelo Queiroz (PT) em
Taguatinga, uma das cidades mais importantes do DF.